Solicitado

Professor de Filosofia Sergio Muricy - Colégio Modelo Luís Eduardo Magalhães

terça-feira, 18 de dezembro de 2012


Uma sociedade manchada pela intolerância racial


Nenhum homem deve sofrer discriminação em virtude de: cor, raça, condição social, etc. Este é apenas um dentre os princípios elementares da defesa da dignidade do homem, que estão perpetuados nas linhas superlativas da Constituição Federal. Não obstante, a sociedade brasileira, está longe de observá-lo. Já que, na prática, os atos relativos a este tema vão à contramão das leis, e por vezes, são expressos em forma de atitudes mesquinhas e racistas.

Interessante observar, que o histórico de preconceito contra os negros advêm principalmente de sua condição de escravos, à época em que foram trazidos da África a países como o Brasil. Também durante o regime do apartheid, os negros foram postos à margem na Africa do Sul, não podendo ser considerados cidadãos na plenitude da palavra.

Algo semelhante ainda acontece em muitos países, onde ainda hoje a mistura de raças não é oficialmente tomada em consideração. Embora os negros já sejam considerados cidadãos comuns nesses países, ainda hoje vivem em condições de vida menos favorecidas do que as pessoas em geral.

Rui Barsosa, certa vez, disse: “É preciso tratar igualmente os iguais e desigualmente os desiguais na medida em que eles se desigualam". Este deveria ser um dos ideais elementares da vida moderna, já que, as carências impostas ao povo negro são oriundas de um processo histórico de marginalização e degradação, que por ora, merece um cuidado diverso. No que tange o alcance da diminuição dos efeitos negativos desse legado indesejável.

Difícil entender os desdobramentos desse controverso tema no Brasil, porque aqui, a diversidade de raças é um traço dominante. Em conformidade com isso, os dados revelam que a população brasileira é composta de aproximadamente 50% de negros. Contudo, atos racistas ainda persistem e emanam dos mais diversos nichos da sociedade. Vão desde pessoas sem cultura a até doutores.

Por isso é preciso urgentemente uma mudança de atitude. Precisa-se respeitar a diversidade, a singularidade de cada individuo, que não deve e nem pode ser desprezada à custa de julgamentos ilegítimos e superficiais, que levam em conta apenas a aparência.

Por outro lado, a própria população negra precisa assumir sua identidade.  Pois, dos quase 50% de negros do Brasil, apenas 6,9% se declara negra, de fato, enquanto que 42,6% se consideram pardos.

Portanto, urge a aplicações das leis contra o racismo e o endurecimento das penas relativas a crimes desta natureza, e talvez assim os adeptos desta prática, mesmo que por motivos diversos da sua convicção ou consciência apliquem as leis e respeitem o seu próximo.

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